
RAPOSAS
(Juízes 15:4) -"E Sansão foi, e apanhou trezentas raposas, tomou fachos e, juntando as raposas cauda a cauda, pôs-lhes um facho entre cada par de cauda.¨
Sansão protagonizou um dos maiores crimes ambientais da história: pôs fogo nas caldas de trezentas raposas.
Uma judiação, convenhamos.
Seu objetivo era queimar as plantações dos filisteus e pra isso contou com a colaboração involuntária desses pobres bichos incendiários.
Mas, ironicamente, tempos depois o herói judeu foi vítima da maior de todas as raposas: Dalila.
Dalila e as raposas tinham muito em comum. Se por um lado a raposa bicho gosta de pilhar galinheiros, a raposa Dalila “pilhava” os corações dos homens.
Lascivo por natureza, Sanção envolveu-se com Dalila e começou a flertar com o perigo. Ele se comportava como alguém que, lidando com uma raposa, a tratasse como um dócil cãozinho de estimação.
Um dia, Sanção revelou a Dalila o segredo da sua força. E foi assim que Dalila, a raposa, fez com que ele fosse preso e humilhado pelos filisteus.
O pecado, muitas vezes, é como uma raposa. De início parece um cão inofensivo, bonitinho até. Mas com o tempo, sua natureza selvagem vem à tona juntamente com as consequências.
A que conclusão chegamos? Tentações aparentemente fáceis de serem vencidas sempre são as piores, porque nos fazem pensar que somos fortes.
E é aí que a raposa dá o bote.
Glenio Cabral